Panorama Atual
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O uso de substâncias psicoativas está entre os principais problemas de saúde pública no mundo.
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Vem sendo observado aumento progressivo do consumo de substâncias estimulantes, associado a riscos e danos diversos. 40% da população mundial acima de 15 anos de idade (cerca de 2 bilhões de pessoas) é consumidora de álcool, enquanto 1,3 bilhão é fumante e 185 milhões são usuários de drogas ilícitas.
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Os problemas gerados englobam tanto o âmbito da saúde como o social. Diversos fatores estão associados ao consumo de substâncias, como: anos de incapacidade, custos para a sociedade, criminalidade, conflitos familiares e violência.
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As substâncias estimulantes que predominam em cada contexto nacional, regional ou local variam em função da geografia, de aspectos sociais e de aspectos culturais específicos.
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O consumo dessas substâncias juntas contribuem para 12,4% das mortes mundiais.
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No Brasil, entre os que bebem, 1 em cada 3 indivíduos faz uso do álcool de maneira pesada e esse uso pode gerar prejuízos agudos e crônicos à saúde, incluindo dependência do álcool, câncer e cirrose.
Álcool
Substância psicotrópica caracterizada pela ação depressora do sistema nervoso central (SNC), age também diretamente em diversos órgãos, como fígado, coração, vasos e estômago.
Padrões de consumo de álcool:
Observação: Uma dose-padrão de bebida alcoólica corresponde a 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 50 ml de destilado e contém, aproximadamente, 14 g de álcool puro.
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Uso moderado: consumo de até uma dose de álcool por dia para as mulheres e até duas para homens.
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Beber pesado episódico (BPE): uso de 60 g ou mais de álcool puro (aproximadamente 5 ou mais doses) em uma mesma ocasião. O BPE expõe com frequência o bebedor a situações de risco, como danos à saúde física, sexo desprotegido, gravidez indesejada, infarto agudo do miocárdio, overdose alcoólica, quedas, violência, acidentes de trânsito, comportamento antissocial.
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Binge drinking: frequentemente confundido com o BPE, consiste em uma exposição prolongada ao uso do álcool em que o indivíduo vivencia episódios repetidos de embriaguez, geralmente durando 2 dias ou mais. Nesse padrão, a busca da embriaguez é geralmente obtida em detrimento da realização das atividades habituais diárias do indivíduo.
• Situações em que o uso do álcool é completamente desaconselhado: mulheres grávidas ou tentando engravidar; pessoas que planejam dirigir ou realizar tarefas que exijam alerta e atenção; pessoas em uso de medicações (benzodiazepínicos, medicamentos opioides) ou em condições clínicas que podem piorar com o uso do álcool, como doenças hepáticas e cânceres; alcoolistas em recuperação; menores de 18 anos.
Abuso X dependência
Abuso e dependência alcoólica constituem entidades diagnósticas distintas definidas com base em uma lista de sintomas, em que a dependência prevalece hierarquicamente sobre o abuso. Nota-se que o diagnóstico de abuso é desconsiderado se o padrão de consumo do álcool, alguma vez, satisfez os critérios para dependência.
Crack
É um derivado da pasta base da coca, estabilizada com a adição de uma substância alcalina como, por exemplo, o bicarbonato de sódio, e é primariamente consumido como uma pedra fumada. É uma droga especialmente associada a danos para os seus usuários, sobretudo pela dependência, que pode se instalar em um curto período de tempo.
Atualmente o uso do crack não mais se restringe às “bocas de fumo”, localizadas em comunidades empobrecidas. Seu uso ocorre nas chamadas cenas de crack, cenas “abertas” de consumo de drogas, muitas vezes contíguas às localidades de residência ou trabalho da classe média.
As cenas abertas de maior dimensão e maior concentração de usuários passaram a ser denominadas “cracolândias”, termo que se popularizou nos meios de comunicação e na linguagem cotidiana. Apesar disso, as “cracolândias” correspondem à minoria das cenas de uso de crack em todo o país, na maioria das vezes pequenas, extremanente dinâmicas, e não “ancoradas” numa dada localidade.